A obra apresenta reflexões sobre a relação conflituosa que nós, seres humanos, temos desempenhado com o meio ambiente. Evidencia as razões pelas quais temos responsabilidade com o desequilíbrio atual do clima da Terra e alerta sobre os riscos que os seres vivos correm se persistirmos no atual sistema de degradação ambiental. A ideia é trazer consciência de como esse processo nos trouxe até a atual situação e a mensagem é que precisamos reaprender o que é viver em sociedade, e principalmente, em comunhão com tudo que nos cerca.

Em um cenário onde a coexistência socioambiental parece distante, para não dizer utópica, e as soluções propostas e utilizadas não nos parecem tirar desse nevoeiro, o fim da constante situação de negacionismo perante a ciência, e especialmente em relação à crise ambiental, parece uma ilusão. A história, todavia, nos dá exemplos auspiciosos, em que situações de crise conseguiram ser revertidas, e são nesses exemplos que devemos buscar esperanças para caminharmos em direção a um futuro além da crise. As conquistas da civilização contemporânea passam por situações de luta que surgem na base da sociedade, não, entretanto, por elementos do setor privado, tampouco pelo Estado, mas pela força e empenho dos trabalhadores.

Mariana Andreotti Dias é professora, geógrafa e doutora em Geografia pela Universidade Federal do Paraná, pós-doutora em Demografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e gestora escolar pela Universidade de São Paulo.

Francisco Jablinski Castelhano é professor, geógrafo e doutor em Geografia pela Universidade Federal do Paraná, pós-doutor em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe e professor adjunto do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.